quarta-feira, 11 de julho de 2012

Contornando as birras

 Apartir de hoje, esse cantinho não será apenas pra falar dos meus anjos... Vou publicar algumas dicas (com base no meu estudo de pedagogia) pra tentar ajudar vcs mamães. 
Os textos publicados serão importantes do início ao fim mas, caso não queira ou não possa ler todo, leia apenas a parte que esta em negrito e azul  que servirá como um resumo.
 BIRRA
Haja paciência! Contornar a birra de maneira eficiente, ensinando a criança a reagir de uma forma mais madura ao “não”, pode ser um grande desafio. Entender a origem desse comportamento é o primeiro passo para revertê-lo

A cena é clássica: diante da recusa do adulto em fazer exatamente o que a criança quer naquele momento, ela abre o berreiro, grita, esperneia, se joga no chão. E quando o show acontece em público, no meio do shopping, do supermercado, ou na casa de algum amigo? É um verdadeiro teste à paciência de qualquer pai. Mas é preciso ter muita calma e compreender que essa reação, em geral, não é uma escolha da criança.

A primeira coisa que se deve saber é que não existe vacina contra a birra. Essa fase difícil, que normalmente acontece entre os 2 e os 6 anos (mas pode começar antes e ir até os 8!), faz parte do desenvolvimento natural e da formação da personalidade da criança. Sendo assim, não há fórmula para evitá-la. “A birra é uma reação emocional intensa diante de um sentimento de frustração com o qual a criança ainda não aprendeu a lidar”

Até os 3 anos de idade, o pequeno está na fase de aquisição da linguagem. Ou seja, ainda não dispõe de recursos para expressar o descontentamento de outra forma, a não ser chorando e fazendo um escândalo. Dos 3 aos 6 anos, ele já conta com um repertório maior e consegue se expressar, mas ainda não tem maturidade ou controle emocional para evitar as cenas desagradáveis. Precisamos ter em mente que a birra é um pedido de socorro e não uma provocação. Muitas vezes, é até inconsciente.
Se não há como evitá-la, cabe aos pais lidar com esse período da forma mais paciente e bem-humorada possível. É a atitude do adulto em relação ao que o filho faz que vai ensiná-lo a não agir daquela forma. Portanto, nada de perder a linha.

O que fazer
Seu filho está no meio de um ataque de birra. Qual a melhor forma de reagir? Antes de mais nada, tente entendê-lo. Pense se não há mesmo algum motivo para o mau comportamento. Talvez ele esteja cansado, com calor ou com fome, por exemplo. Lembre-se de que certas situações, como um longo dia de compras ou um evento no qual precise ficar sentado por muito tempo podem ser difíceis para uma criança. Se redirecionar a atenção do pequeno não for possível, mantenha a calma e espere o surto passar. Tentar conversar nessa hora não vai adiantar – a criança estará muito nervosa para prestar atenção.
Passado o pior, converse. Lembre-se de que ela agiu com descontrole por não saber lidar com determinados sentimentos e que essa é a hora de ensiná-la. Explique por que aquele “não” foi “não” e que a reação que ela teve não é aceitável. “Vale salientar que ser muito carinhoso nesse momento também não é bom, porque a criança entende que está ganhando uma recompensa, ainda que essa seja apenas o colo da mãe”.
E nunca, em hipótese alguma, abra exceções. “Falar ‘não’ é muito chato. Muitos pais pensam 'ok, vou deixar só dessa vez' para agradar o filho ou acabar logo com o show. Mas é preciso ser consistente”. É importante ter uma postura bastante rígida nesses momentos. Se a criança começa a chorar e o adulto cede, ela vai aprender que, sempre que agir dessa forma, vai conseguir o que quer". Usar chantagem (“se você parar de chorar, compro um sorvete”) também não é uma boa opção – é outra forma de mostrar à criança que agir mal traz recompensas.

Castigo: bom ou mau?
No caso das crianças mais novas, até os 3 anos, é provável que elas não façam a conexão entre o mau comportamento e a punição que estão recebendo. Sem entender o porquê do castigo, ficam ainda mais frustradas e não aprendem nada no processo. Mesmo quando a criança já é mais crescidinha, botá-la de castigo não é a melhor opção. Lembre-se de que os ataques de birra são uma resposta emocional a uma situação com a qual a criança não tem maturidade para lidar.
Especialistas concordam, no entanto, que criar um “cantinho do pensamento” e propor que a criança passe alguns minutos sentadinha, pensando no que fez, é uma alternativa válida. “Pode ser no sofá, em uma cadeira ou almofada em algum espaço específico da casa. O tempo que a criança deve passar ali é de um minuto para cada ano de vida. Se ela tiver 3 anos, peça que fique pensando no que fez durante 3 minutos; se tiver 5 anos, serão 5 minutos, e assim por diante"
 Passou da idade
Com o tempo, a criança assimila que os pais estão dizendo “não” para o bem dela, e suas manifestações de frustração tendem a se tornar bem menos dramáticas. Mas, caso o seu filho ultrapasse os 6 anos tendo ataques de birra constantes, vale a pena dar uma olhada mais cuidadosa no que está acontecendo – isso pode ser sinal de algum problema específico. Ele pode estar sofrendo com algum acontecimento recente, como problemas na escola ou até mesmo a falta de diálogo em casa. Examinar o que pode estar causando essa reação e até procurar a ajuda de um especialista são medidas aconselháveis.

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