sábado, 6 de julho de 2013

Como tudo aconteceu 4- Agonia de esperar


 

No domingo dia 23 de Junho, acordei deprimida e só sabia chorar... Cada vez q entrava no banheiro e não saia nada, cada vez q olhava pra barriga já redondinha me perguntava: Será q isto esta acontecendo mesmo comigo? Não tenho nenhum sintoma, Será q esta morto mesmo ? Até quando vou ter q carregar essa barriga, sabendo q esta morto? Quando meu corpo vai começar a expulsar? Estarei preparada pra esse dia?

Tomei banho em prantos, confusa, cheia de dúvidas e uma dor q invadia a alma.
Meus pais me levaram em outro hospital (Ibirité). Não fizeram nada, e as duas ginecologistas disseram a mesma q deveria esperar o corpo agir pois, se eles inter vissem eu correria mais risco (perfurar o ultero, ficar estéril, infecção). Explicaram q mesmo, sem eu estar sem sintomas (dor, febre, sangramento) não havia possibilidade de estar vivo pois, na ultra som já mostrava q os ossinhos do bb estavam juntinhos, isso quer dizer q ele já estava perdendo o liquido do corpo.
Fui pra casa um pouquinho mais aliviada, pois, esclareci algumas duvidas e tive duas opiniões de pessoas diferentes.
A semana demorou a passar e a agonia aumentava a cada dia, a cada vez q entrava no banheiro, a cada ligação... O Deivid passou a chorar do nada, estava muito triste então perguntei se ele queria falar sobre o bb e ele disse q não. Então perguntei se ele tinha alguma dúvida, se queria fazer alguma pergunta e ele disse q sim: Se o bb ainda estava na minha barriga pois, ele estava preocupado? Eu perguntei porque ele estava preocupado e ele disse: Tenho medo do bb estar vivo. Eu disse q ele não precisava preocupar pois, não estava vivo e perguntei se ele tinha mais alguma dúvida e ele disse q não.

Tornei uma máquina de esperar, e a qualquer momento uma bomba inimiga poderia acabar com aquela ansiosa e tediosa espera. 


Sexta feira dia 28 voltei no hospital (Julia). Não havia corrimento, sangramento, dor mas, como a médica queria me avaliar toda semana... Neste dia peguei uma excelente médica, ela disse a mesma coisa: q deveria esperar em casa o corpo jogar pra fora.  Então, pedi ela um pedido de ultra som e foi nesta hora q ela viu meu ultra som e ela me pediu um exame de sangue. Eu não havia feito exame nenhum, então ela fez o pedido do exame de sangue (fibrinogênio) disse q assim q pegasse o resultado era pra voltar pro hospital e em jejum pois, dependendo do resultado teria q me internar com urgência.
No sábado as  6:30 da manhã já estava na porta do laboratório pra fazer o exame. O resultado só ficaria pronto na segunda as 17:00 hs.
 Domingo a noite comecei a sentir uma cólicazinha com corrimento marrom. Na segunda feira por volta das 4:30 da manhã meus pais me levaram no hospital mas, novamente me mandaram pra casa. A tarde meu primo buscou o resultado do exame. Tinha q dar entre 200 e 400 e o resultado foi 580. Coloquei minha  casa em ordem e pois na terça feira iria cedo pro hospital e com certeza ficaria internada.


Um comentário:

  1. que difícil amiga
    que situação vê sua barriga
    e não ter mais seu pequeno contigo
    que Deus te fortaleça e te guarde bjs

    http://sermamaepelasegundavez.blogspot.com.br/

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